domingo, 1 de março de 2015

A Visão de Joaquina



Joaquina era uma jovem muito alegre, ativa e trabalhadeira. Sabem por que ela era alegre? porque conhecia e tinha consigo um tesouro, o maior tesouro da Terra.

Este tesouro de Joaquina era tão valioso, que a fazia a mulher mais rica da Terra.

Podia haver um rei que possuísse coroas cravadas de brilhantes ou cofres cheios de ouro e pedras preciosas, que ele não seria mais rico que Joaquina.

Podia haver um negociante que tivesse muitas fábricas e industrias, onde milhares de trabalhadores ganhassem o pão de cada-dia, que este negociante, não seria mais rico que Joaquina.

Podia haver um fazendeiro, dono de imensas terras e muitas plantações e gados, que ele não seria mais rico que Joaquina.

Podia haver um homem que fosse dono de uma frota imensa de aviões, trens e caminhões, que ele não seria mais rico que Joaquina.

Um dia Joaquina ia por uma estrada cheia de sol, ia feliz colhendo flores, quando encontrou um lindo menino de nome Marcelo.

- Olá Marcelo, bom dia - disse ela.

- Bom dia - disse Marcelo, que era muito educado e inteligente. O menino olhou para ela curioso. Iam pela mesma estrada. Joaquina tomou umas flores e deu a Marcelo.

- Para que quero flores? - Perguntou o menino que estava aborrecido com alguma coisa.

- Você não quer as flores, Marcelo? Está bem. Continuaram andando. Adiante, Joaquina tomou um lanche que era um bolo muito gostoso e quis dar a Marcelo.

- Para que eu quero um bolo? - Perguntou o menino que continuava aborrecido com alguma coisa.

- Você não quer o bolo, Marcelo? está bem.

Mais adiante, como estivesse ameaçando chuva Joaquina e Marcelo viram uma cabana e foram se abrigar. Ela acendeu a lareira de falou:

- Quer ouvir uma história. Marcelo?

- Para que eu quero uma história? - Perguntou o menino.

- Nisto bateram à porta e Joaquina foi atender. Eram muitas crianças. Elas entraram. Colocaram as flores nos vasos, serviram-se do bolo que Joaquina trazia e pediram para ouvir histórias.

Joaquina contava todas as histórias que sabia.

O menorzinho dos meninos um pretinho bem pretinho; com um lindo sorriso, chamado Francisco lhe perguntou:

- Joaquina onde está o teu tesouro?

- Do que ele é feito? - Perguntou Soraia.

- Ela tomando o guri no colo, respondeu:

- Meu tesouro é o Amor. Ele é feito de carinho, paciência e perdão. Ele é feito de ternura e trabalho.

- Quem foi que deu o amor pra você - Quis saber Vinicius.

- Quem me deu o Amor foi Jesus. Ele me ensinou que por mais dinheiro que alguém possa ter. Por mais inteligente. Por mais querido, se este alguém não tiver Amor pelos outros será sempre muito pobre, um verdadeiro mendigo.

- E como você distribui o Amor de Jesus? - Perguntou André.

- Nós distribuímos este Amor de muitas formas, também em formato de histórias, como Jesus gostava de fazer. As histórias de Jesus se chamavam parábolas.

- Para que servem estas histórias? - Quis saber Alan.

- Enquanto as histórias são contadas os anjinhos da guarda aproveitam para acender luzinhas dentro das crianças, estas luzinhas podem ser de todas as cores, podem ser acesas no coração, na cabeça, nas mãos, no estômago, nos olhos e nos pés.

- O que acontece quando se acende luzinhas no coração? - Perguntou Jussara.

- Quando acesas no coração, as crianças ficam cada vez mais bondosas.

- E quando acendem luzinhas na cabeça? - Perguntou Tiago, que parara de chorar, pois sempre queria a mamãe por perto.

- Quando acesas na cabeça, a criança fica cada vez mais inteligente.

- E quando acendem luzinhas no estômago? - Perguntou Fabiana.

- Quando acendem luzinhas no estômago a criança fica cada vez mais calmas.

- E quando acendem luzinhas no olhos? - Perguntou curiosa Karina.

- Quando acendem luzinhas nos olhos a criança fica cada vez mais esperta.

- Quando acendem luzinhas nas mãos a criança fica cada vez mais estudiosa e trabalhadeira - Respondeu Joaquina.

- E quando acendem luzinhas nos pés? _ perguntou Renata.

- Quando acendem luzinhas nos pés a criança fica cada vez mais forte.

- E para que servem estas luzinhas? - Perguntou Flávia.

- Estas luzinhas servem para iluminar o caminho, quando chega a noite - Falou Joaquina.

- Para iluminar o caminho à noite a gente usa as luzes das casa e dos postes, dos carros ou lanternas - Falou Marcelo.

- Mas a noite que estamos falando chama-se sofrimento, e para enfrentar esta noite é preciso ter pelo menos uma destas luzinhas acesas dentro de nós, Marcelo.

A chuva tinha passado e Joaquina ia continuar seu caminho e convidou as crianças.

- Vamos juntos?

- Que estrada é aquela? - Perguntou Otávio.

- Ela não se mede por quilômetros, conta-se pelas horas, pelo tempo, pelos anos.

- Onde ela começa? - Perguntou Mayra.

- Ela começa na cidade chamada berço e termina quando encontramos a porteira da morte, que abre a fazenda do mundo Espiritual.

- Você nos leva com você? - Perguntou João Marcos.

- Podemos seguir juntos, pelo menos por um pedaço da estrada. E eu repartirei com vocês tudo de bom que tiver em meu tesouro.

- Mas e as outras crianças? Você não pode levar todas - Inquiriu Estevão.

- Há muitas irmãs minhas pela estrada. as crianças que não vierem comigo irão com estas minhas irmãs, que também tem o tesouro do Amor que Jesus lhes deu.

- E este tesouro não acaba? - Foi a vez da Cristina falar.

- Este é um tesouro mágico, diferente. Quanto mais você tira dele mais ele aumenta e nós deixaremos pedrinhas de valor pelo caminho para marcar a estrada certa. Vocês podem me ajudar a marcar e estrada?

- Eu ajudo - Falou Rodolfo, que era o menor do grupo, ganhando até do Francisquinho e do Tiago - O que eu faço?

- Seja obediente para o papai e a mamãe. Aqui está a pedra da obediência. Ela é transparente como a água.

- Eu sou obediente - Redargui Nazira.

- Eu também - Falou José.

- Eu também quero deixar marcas na estrada, como o João e Maria daquela estória que todo o mundo conhece. Falou Isabela.

_ Nunca se canse de aprender. - Disse Joaquina - Esta é a pedrinha verde do esforço próprio.

Mauro gostou tanto da pedra que quis uma igual.

- Está bem - Disse Joaquina, dando-lhe uma pedra turquesa.

- Que pedra é esta? - Falou António.

- É a pedra do respeito aos outros.

- E eu? perguntou ao mesmo tempo Caroline e Vítor.

- Vocês dois marcarão o caminho com estas pedrinhas vermelhas que representam o carinho que devemos dar a todas as criaturas.

- Mas deste jeito não vai sobrar pedra nenhuma para mim - Falou Nazira.

- Você leva estas pepitas douradas.

- O que elas representam?

- Elas representam a alegria, que é o sorriso, a palavra boa, a confiança.

- E eu? - Perguntou José.

- Leva com você a pedra lilás da amizade, sem amigos a estrada seria um deserto muito triste.

- E que pedrinha eu levo? - Pediu Marcelo António.

- Aqui para você temos a pedra prateada. Ela é toda feita de lágrimas e representa o perdão. Às vezes precisamos perdoar as pessoas, porque elas não nos entendem.

- E Eu? tem uma pedrinha para mim levar? - Exclamou João Marcos.

- Você marcará o caminho com a pedra rósea do trabalho, sem o trabalho nada existe.

- Marcelo estava a um canto quieto e calado . Joaquina olhou para ele e pediu.

- Vamos, Marcelo. Para você guardei uma pedra muito valiosa e gostaria que você a levasse consigo.

- Que pedra é essa? - Quis saber o menino.

Ela tomou de si uma linda gema em forma de coração feita com todas as cores do arco-íris e lhe mostrou.

- Esta, meu querido é a pedra da esperança, Eu a venho guardando há muito tempo para todos aqueles que muito amo e gostaria partilhasse comigo do tesouro de Jesus.

Meimei

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