terça-feira, 15 de maio de 2012

Sobre a Paz



















A paz é o alicerce da felicidade do homem. Ela advém da eliminação da desordem interior criada pelos estímulos dos sentidos, emoções e pela formação sucessiva e não seletiva de pensamentos e desejos. 

Nossa mente pode ser nossa principal aliada na construção da paz interior, mas também o nosso mais sério obstáculo a ser transposto. 

Disciplinada, é o ponto de equilíbrio entre a personalidade e o espírito. Desorientada, fonte de inquietações, pensamentos inúteis e desgastantes que corroem a paz interior. Na paz é que se processam as transformações de nossa personalidade. Enquanto valor absoluto, é a bem-aventurança divina (MARTINELLI, 1998,p.89). 

Alcançamos a paz quando conseguimos controlar as oscilações emocionais e harmonizar os fluxos de energia treinando a mente a se aquietar. Em uma concepção positiva a paz é entendida como respeito fundamental à vida; paz como contrário de violência e como exercício e resolução não violenta dos conflitos. Mesquita(2003,p.60)

Estabelece os subvalores da paz e suas definições:

SILÊNCIO INTERIOR- é esvaziar a mente e deixar fluir a energia que vem do coração, que é a voz de Deus. 

CALMA- é a serenidade obtida com o aquietamento da mente e o mergulho profundo em nosso interior.

CONTENTAMENTO- é o sentimento de alegria. Por meio do autoconhecimento e do encontro da paz interior, aprendemos a conhecer o verdadeiro estado de contentamento.

TRANQUILIDADE- é a conquista do equilíbrio interior. 

PACIÊNCIA- é a capacidade de esperar com tranquilidade. Ela brota do amadurecimento do ser e da clareza da mente. Não deve ser confundida com lentidão. 

AUTOCONTROLE- é o domínio dos nossos impulsos e atos inferiores. 

TOLERÂNCIA- é a tendência a admitir modos de pensar, agir e sentir diferentes do nosso. Ser tolerante exercita nossa capacidade de amar o próximo, ajuda a superar o egoísmo. Tolerar não é suportar, é compreender e respeitar. 

CONCENTRAÇÃO- é a atenção no que se está fazendo em dado momento. A concentração da mente em determinado ponto leva à compreensão e a vivências profundas. 

AUTO-ACEITAÇÃO- é viver sem culpas, é o fruto da coragem de vencer nossa ignorância. É a consciência de que temos dons e podemos contribuir com o crescimento de todos.

AUTOESTIMA- é a valorização de si mesmo, imprescindível para a evolução humana. Sem a autoestima, o indivíduo despreza as oportunidades que a vida lhe oferece, vendo tudo negativamente. 

DESPRENDIMENTO- é estar liberto, em total desapego. O apego estreita a mente e restringe o amor. Já o desprendimento se alcança quando se vive em harmonia com os aspectos materiais e espirituais. Sem o desprendimento, não há transformação.

AUTOCONFIANÇA- é a fé em si mesmo, a energia que impulsiona no caminho da vitória, ultrapassando-se as dificuldades e as fraquezas. Só pode ter fé em Deus aquele que tem fé em si mesmo. 


 Adriane Valéria Kiszka Scheffer

Do fascículo "Por uma Educação pela Não-Violencia".

Nenhum comentário:

Postar um comentário